A profissão que te destrói aos poucos
- Denis Getman
- 7 de abr.
- 2 min de leitura

A tua profissão está a destruir-te lentamente?
Já sentiste que o teu corpo está a dar-te sinais? Que a tua energia não é a mesma, que a tua mente já não tem o mesmo foco, que as tuas emoções estão à flor da pele ou completamente dormentes?
Dia após dia, vais perdendo funcionalidade. E não é por acaso. A especialização profissional extrema, a automação crescente e a divisão rígida de tarefas prometem eficiência… mas à custa de quê?
O nosso corpo foi feito para se mover, adaptar, explorar, decidir, criar.
Mas o modelo de trabalho moderno impõe um espaço desenhado para a rigidez: posturas mantidas ao longo do dia de trabalho, tarefas previsíveis e repetitivas, responsabilidades fragmentadas. O cérebro adormece, o corpo ressente-se, e o coração — esse — já não sente propósito.
E no meio disto tudo: o stress constante de corresponder às expectativas, de não falhar os prazos. A pressão de estar sempre disponível, mesmo quando o cansaço já tomou conta do dia. A falta de estímulos, a ausência de desafios reais, a rotina que desgasta e deixa um vazio. Se não é pelo excesso de trabalho, é pela falta de significado.
Onde está a autonomia? A liberdade? O bem-estar que devia vir com um trabalho digno?
A organização do trabalho — o design dos espaços, as estruturas hierárquicas, os processos automatizados e algoritmos padronizados para controlar, vigiar ou reduzir o erro — está a afastar-nos do que é humano.
Trabalhar não devia destruir-nos. Devia nutrir-nos, dar-nos espaço para crescer, mexer, sentir, pensar, discutir, experimentar, criar.
A mudança começa pela tomada da consciência. Ergonomia não é só uma cadeira ajustável. É o desenho de uma realidade profissional onde o corpo, a mente e as emoções possam viver plenamente.
Sê ativo, participativo, inspirado e produtivo!
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